Machu Picchu é uma antiga cidade inca, no alto dos Andes peruanos. Localizada a 2430 metros de altitude, as ruínas, frequentemente chamadas de “Cidade Perdida dos Incas”, são Patrimônio Mundial da UNESCO. Trata-se de um dos mais famosos símbolos do império pré-hispânico e de um dos conjuntos de ruínas mais espetaculares e bem preservados do mundo. Visitar o Peru sem ver o Machu Picchu seria um grande erro.
História
As ruínas foram redescobertas pela comunidade científica em 1911, quando o arqueólogo americano Hiram Bingham acompanhou uma expedição peruana até o local. Localizado a cerca de 304 metros acima do Rio Urubamba, o Machu Picchu é também o ponto final da mais popular trilha da América do Sul, a famosa Trilha Inca.
A história do Machu Picchu é cheia de mistérios, e ainda não sabemos exatamente qual o papel desempenhado pela cidade na vida social inca. Os pesquisadores tendem a acreditar que o Machu Picchu era uma espécie de retiro de férias para a elite imperial. Sabe-se que nunca havia mais do que 750 pessoas vivendo na cidade ao mesmo tempo, e que o número era bem menor durante a estação das chuvas. Os incas começaram a construí-lo em 1430 e, quando os espanhóis finalmente os subjugaram, em 1572, o local já estava abandonado.
Uma coisa fica clara: a cidade ficava estrategicamente escondida nas montanhas e era muito bem protegida. Localizado em um ponto bastante alto dos Andes peruanos, o Machu Picchu exigia que os visitantes atravessassem vales repletos de torres de vigilância e postos de controle. Os próprios conquistadores espanhóis não chegaram a conhecer o local. No entanto, sabe-se que muitas pessoas sabiam da existência da cidade, já que ela é mencionada em vários textos antigos (séculos XVI e XVII) reencontrados no século XX.
Foi apenas com a expedição de Hiram Bingham que a comunidade científica tomou conhecimento da existência do Machu Picchu. O arqueólogo havia partido em uma viagem de pesquisa financiada pela Universidade de Yale, em Connecticut, e estava a procura da última capital do Império Inca, em Vilcabamba. Bingham efetivamente a encontrou, mas acabou se impressionando muito mais com as ruínas do Machu Picchu.
Em 1981, o local foi declarado Santuário Histórico Peruano e, em 1983, Patrimônio Histórico da UNESCO. Já que a cidade não foi saqueada pelos espanhóis quando estes conquistaram o Império Inca, o local adquiriu grande importância simbólica e cultural, sendo considerado sagrado pelo povo peruano.
O Machu Picchu foi construído no estilo inca clássico, com muros e paredes de pedra polida. Seus principais edifícios são o Intihuatana, o Templo do Sol, e a Câmara das Três Janelas. Eles estão localizados na região chamada pelos arqueólogos de Distrito Sagrado do Machu Picchu. Em setembro de 2007, o governo do Peru e a Universidade de Yale chegaram a um acordo quanto à devolução dos artefatos subtraídos por Bingham durante sua expedição, no início do século XX.
Clima
As temperaturas máximas durante o dia são bastante constantes ao longo do ano, mas as temperaturas mínimas noturnas atingem valores extremos durante o inverno. Como é comum nos trópicos, a maior parte da chuva cai durante a estação das chuvas, que no Machu Picchu vai de outubro a abril. Em razão da altitude, as temperaturas extremamente quentes que seriam esperadas na região equatorial estão ausentes. No entanto, estes dois fatores contribuem para os altíssimos níveis de radiação ultravioleta (a região de Cusco tem o maior índice médio de radiação ultravioleta de todo o mundo, na verdade). É necessário tomar precauções, portanto: leve filtro solar e use óculos escuros.
Clima | Jan. | Fev. | Mar. | Abr. | Mai. | Jun. | Jul. | Ago. | Set. | Out. | Nov. | Dez. |
Máximas durante o dia (em °C) | 16.0 | 15.6 | 15.6 | 15.9 | 15.9 | 15.5 | 15.1 | 16.4 | 16.8 | 18.0 | 17.9 | 16.1 |
Mínimas durante a noite (em °C) | 1.1 | 1.6 | 1.1 | -1.5 | -5.5 | -10.1 | -10.5 | -8.9 | -3.9 | -2.8 | -2.2 | 0.8 |
Precipitação chuvosa (em mm) | 155 | 145 | 133 | 47 | 13 | 3 | 4 | 8 | 26 | 48 | 73 | 116 |
Fauna e flora
A fauna e a flora da região são abundantes e variadas. Plantas típicas na reserva histórica de Machu Picchu incluem pisonayes, q’eofias, alissos, palmeiras puya, samambaias e mais de noventa espécies de orquídeas. A fauna na reserva inclui ursos-de-óculos (também chamados ursos-andinos), galos-da-serra ou tunquis, felinos selvagens e uma impressionante variedade de borboletas e insetos endêmicos à região. A topografia, a paisagem natural e a localização estratégica do Machu Picchu conferem ao monumento uma mistura de beleza, harmonia e equilíbrio, conjugando o trabalho humano dos antigos incas à exuberância da natureza.
Como chegar?
Os visitantes normalmente percorrem a Trilha Inca ou chegam de trem no vilarejo de Aguas Calientes, partindo de Cusco ou de Ollantaytambo. É interessante tomar o trem que viaja à noite, o que permite visitar o parque ainda bem cedo, evitando as grandes multidões do período da tarde. Em dias ensolarados, evita-se também a exposição ao sol implacável das montanhas.
A única forma de chegar a Aguas Calientes é de trem ou a pé, já que não há estradas. A pé, pode-se acessar o vilarejo saindo de Santa Maria ou de Santa Teresa, cidades que recebem ônibus, ou tomar uma mini-van em uma das várias agências turísticas de Cusco, que costuma deixar os passageiros o mais próximo possível. Quem escolhe esta opção tem de caminhar por duas ou três horas até Aguas Calientes, desde o ponto final da mini-van, ou acabar por tomar o trem de qualquer forma.
Uma vez que se chegue a Aguas Calientes, há duas maneiras de acessar as ruínas: de ônibus ou caminhando por trilhas bastante íngremes. O local pode estar superlotado ou quase totalmente deserto, dependendo da época do ano. O período mais movimentado vai de junho a agosto, e o mês com menos visitantes é fevereiro, auge da estação das chuvas e período em que a Trilha Inca é interditada. A maior parte dos visitantes fecha pacotes turísticos com agências e chega nas ruínas entre as 10 horas da manhã e as 2 horas da tarde.
Para acessar o local, você precisa tanto de uma passagem de ônibus (que custa cerca de US$24 para adultos estrangeiros e podem ser compradas em um pequeno estande de vendas próximo do local de onde o ônibus sai) quanto de um ingresso para o Machu Picchu, que deve ser comprado com antecedência pelo site oficial do monumento ou em um dos pontos de vendas nele listados. Os ingressos para o Machu Picchu não podem ser comprados na entrada do local, já que há um limite de 2500 visitantes por dia.
É obrigatório apresentar seu passaporte ao entrar no Machu Picchu. Ainda que você tenha informado o número de sua carteira de identidade ou de qualquer outro documento ao comprar o ingresso, pela Internet ou presencialmente, seu passaporte será requisitado.

Chegando de ônibus, desde Aguas Calientes. Se você chegar a Aguas Calientes de trem, saia da estação e continue caminhando em linha reta, passando pelas várias tendas de artesanato. Atravesse a ponte e você chegará finalmente à área de onde o ônibus sai. Os ônibus saem com bastante frequência em direção às ruínas, começando às 5:30h da manhã. Frequentemente há filas, e se você tiver a intenção de tomar o primeiro ônibus do dia, é melhor chegar com cerca de noventa minutos de antecedência. A viagem leva mais ou menos meia hora, e o ônibus segue lentamente. Nos horários mais procurados, pode haver uma grande fila para embarcar. Planeje sua viagem de volta levando em consideração o tempo de espera, para não perder o trem que sai de Aguas Calientes. Também é recomendado comprar a passagem de trem com antecedência, já que eles frequentemente lotam.
Chegando a pé, desde Aguas Calientes. É possível também caminhar pela rota de oito quilômetros percorrida pelos ônibus que fazem o trajeto de Aguas Calientes até o Machu Picchu, levando-se cerca de duas horas para subir e uma hora para descer. O caminho é composto majoritariamente por escadas, que conectam as várias curvas da estrada por onde o ônibus passa. É uma caminhada difícil e longa, mas muito gratificante. Recomenda-se começar às 5 da manhã, quando o portão de acesso em Aguas Calientes é aberto, para que se chegue nas ruínas antes do sol nascer. A descida é bem mais fácil, mas é preciso ter cuidado com os degraus possivelmente úmidos.
Chegando a pé, pela Trilha Inca. Caminhar pela Trilha Inca é uma ótima opção e permite que se entre no complexo pela Porta do Sol, e não pela íngreme Estrada Hiram Bingham, como quem vem de Aguas Calientes. Tanto as caminhadas de quatro dias quanto as de dois dias de duração são controladas pelo governo. Os viajantes devem ser capazes de caminhar ininterruptamente por longas horas e de passar a noite em tendas de acampamento. Por causa das regras e regulamentos relativos ao acesso ao parque, é necessária a intermediação de uma agência de turismo.
Também há outras opções disponíveis para quem deseja ir caminhando até o Machu Picchu. É importante saber que o número de pessoas que podem passar pela Trilha Inca por dia é limitado, o que inclui até mesmo funcionários. Desta forma, o preço é bastante alto e é necessário reservar sua vaga com antecedência.

Duas outras opções, mais baratas, mas igualmente interessantes, são a Trilha de Salkantay e a Trilha Inca da Selva. A maior parte das agências turísticas em Cusco oferece estas alternativas. A Trilha de Salkantay consiste em uma caminhada de cinco dias pelo Passo da Montanha de Salkantay. A paisagem é incrível, e se você for na estação das chuvas, verá inúmeras cachoeiras pelo caminho. Por outro lado, certamente acabará se molhando. A outra opção, a Trilha Inca da Selva, consiste em uma caminhada de três dias, que começa com uma carona até o topo de uma montanha e, em seguida, uma pedalada até sua base. Depois de um dia inteiro de caminhada, chega-se a Aguas Calientes. Ambas as opções podem ser reservadas com poucos dias de antecedência, assim que se chega a Cusco, e são muito mais baratas do que a Trilha Inca. Os preços vão de 180 a 200 dólares para todo o percurso.
A Trilha Inca da Selva é oferecida como um pacote pelas agências, mas a “porta dos fundos” de que ela se utiliza é uma opção frequentemente escolhida pelos viajantes solitários. Há mini-vans e ônibus baratos (de 15 a 30 soles) que saem do Terminal Santiago, em Cusco, e deixam os visitantes em Santa Maria ou Santa Teresa. A primeira cidade, Santa Maria, está mais longe de Aguas Calientes do que a segunda, Santa Teresa, mas é uma boa opção para os que querem explorar outras trilhas incas, usadas pelos habitantes da região. Caminhar por elas é um modo de conhecer melhor as montanhas e os pequenos vilarejos, passando por algumas das fazendas locais e desfrutando de uma vista deslumbrante do vale. É possível voltar para Santa Teresa no mesmo dia, e há outras vilas no meio do caminho, como Huacayupana e Quellomayo, que oferecem uma interessante perspectiva da vida nas montanhas, além de contarem com pousadas, caso não se chegue a Santa Teresa a tempo. A caminhada passa pelas margens do rio e pela estrada, mas não é aconselhável tomar esta rota entre dezembro e abril em razão da pluviosidade extrema. Santa Teresa está a cerca de 25 minutos de táxi ou mini-van de Hidroelectrica, e de lá você pode caminhar entre 2 e 3 horas pela trilha relativamente plana até Aguas Calientes.
O governo peruano impôs um limite de trânsito de 500 pessoas por dia na Trilha Inca. As autorizações esgotam rapidamente, especialmente na alta temporada. Os viajantes devem ter um passaporte válido para comprar uma autorização no momento da reserva. Por isso, muitas agências de turismo locais criaram novas opções de trilhas que servem como alternativas. A maior parte delas permite visitar outras ruínas incas, que não estão tão bem escavadas e conservadas quanto o Machu Picchu, e terminam com o trajeto de trem até a Cidade Sagrada. Uma das opções é a Trilha de Choquequirao, que começa em Cacharo e termina em Los Loros; outra, a Trilha de Cachiccata, que começa em Racca e termina em Cachiccata.
Taxas e autorizações
Mais informações sobre taxas e autorizações estão disponíveis no site oficial do Machu Picchu, bem como nos locais autorizados nele listados. Infelizmente, o portal é bastante confuso e difícil de usar. A opção mais segura é comprar os ingressos em um dos escritórios do Ministério da Cultura, em Cusco ou em Aguas Calientes. Seja qual for sua escolha final, tenha certeza de que a confusão do site não acabou deixando você com uma reserva inválida e atrapalhando sua visita.
A taxa de entrada é de US$62 para o Machu Picchu e US$71 para o Machu Picchu e Wayna Picchu, com descontos para crianças e estudantes. Ao planejar seus gastos, não esqueça de incluir passagens de trem e de ônibus. É possível almoçar no local por US$40.
A maior parte dos hotéis pode vender autorizações de entrada e passagens de ônibus. Não as compre na agência de viagens da estação de trem de Ollantytambo, já que o que vendem não é exatamente o ingresso, mas um recibo com o qual você pode retirar os ingressos propriamente ditos em Agua Calientes. Se o fizer, você terá de procurar por toda Aguas Calientes o encarregado da troca. Você pode comprar seu ingresso no Ministério da Cultura de Aguas Calientes das 5:30h às 21h.
Certifique-se de levar seu passaporte, já que ele será solicitado na entrada. Alguns viajantes conseguem entrar com outro tipo de identificação, mas isto não é garantido. Quando você sai, há um estande onde você pode marcar seu passaporte com o carimbo do Machu Picchu, embora seja tecnicamente ilegal rasurar o seu próprio passaporte.
Apenas mochilas e bagagens pequenas são permitidas no parque (não mais do que 20 litros), mas há um local na entrada onde você pode armazenar o excesso, usado principalmente pelos que fazem a Trilha Inca. Se sua mochila for conferida, qualquer alimento ali encontrado poderá ser confiscado.
Apenas 2.500 pessoas podem entrar no Machu Picchu por dia. O site do governo (www.machupicchu.gob.pe) lista quantos ingressos ainda estão disponíveis para cada dia. Além disso, os visitantes podem adquirir ingressos para o Huayna Picchu de antemão, já que agora há uma taxa adicional para os que querem ir até lá.
Locomoção
Não há nenhum tipo de veículo dentro do parque, por isso, traga tênis confortáveis, especialmente se você planejar percorrer trilhas como a que leva até o Wayna Picchu. Não é permitido trazer bengalas de caminhada, a menos que o visitante tenha algum tipo de dificuldade de locomoção. No entanto, elas são permitidas no Wayna Picchu, onde ajudam bastante a descer a íngreme encosta. As ruínas principais são bastante compactas e facilmente acessíveis.
Visitantes com dificuldades de locomoção podem conseguir passeios guiados com cadeiras de rodas por meio de agências privadas, visitando boa parte do local.
Veja
Caminhe tranquilamente pelas ruínas, já que há muita coisa para ser vista e explorada. Embora não seja imperativo, contratar uma visita guiada ajuda a entender melhor a antiga cidade, seus usos e outras informações históricas e geográficas. Uma visita guiada de duras horas custa cerca de 120 soles. Se você quiser economizar dinheiro, você pode se juntar a outros turistas que também querem a visita guiada.
Leve em consideração, no entanto, que se sabe relativamente pouco sobre a história e o uso da cidade, e que muitas das histórias contadas pelos guias não são historicamente atestadas.
- Portal do Sol (Inti Punku) – se você chegou pela Trilha Inca, esta será a sua primeira visão das ruínas. Os demais podem contornar as ruínas e subir o morro. De lá, é possível ver todos os vales da região, desde que a neblina não atrapalhe.
- Templo do Sol – Próximo do topo da cidade, o templo conta com uma arquitetura incrível. Os demais muros e paredes da cidade são feitos da maneira mais corriqueiramente vista mundo afora: as pedras são coladas umas às outras com uma espécie de cimento feito à base de lama. Alguns edifícios exibem uma tecnologia diferente. No Templo do Sol, as pedras são cortadas de modo a se encaixarem perfeitamente umas nas outras. Observe-o também a partir da latera, descendo a escada de pedra na praça principal.
- Intihuatana – Esta é uma pedra cortada de forma a cumprir a função de relógio solar. O nome vem do quechua: “Inti” significa sol, “huatana” é o verbo para “pegar”. O significado, portanto, é algo como “pegar (ou medir) o sol”. Embora a maior parte dos viajantes veja o nascer do sol a partir da torre de vigilância, a melhor vista é a proporcionada pelo Intihuatana.
- Templo das Três Janelas
- Templo Principal
- Templo do Condor – Os guias tentarão convencê-lo de que este lugar era um templo, mas se você olhar com atenção, verá que entre as asas do condor há uma câmara com ranhuras cortadas nas pedras, possivelmente usadas para prender algemas, um corredor onde um carrasco podia se movimentar enquanto batia nas costas dos prisioneiros e um poço por onde o sangue escorria. O condor é claramente um símbolo da justiça cruel, mas os guias contam uma versão menos sangrenta da história, para não assustar as famílias com crianças.
- Fontes – Como testemunho da tecnologia inca, a fonte de quinhentos anos, alimentada por nascentes, funciona até hoje. Especula-se que ela fornecesse água potável para a cidade ou fosse usada com finalidades ritualísticas.
O que fazer?
Se você tiver bastante energia, há uma série de excelentes trilhas que exigem força nas pernas. Certifique-se de ter se acostumado um pouco com o ar rarefeito em Cuzco ou em Aguas Calientes antes de fazer esforços excessivos.

- Wayna Picchu (Huayna Picchu) – Erguendo-se sobre a extremidade norte do Machu Picchu está esta bela e íngreme montanha, plano de fundo mais frequente das fotografias das ruínas. Ela parece muito desafiadora, quando vista de baixo. No entanto, embora seja íngreme, a subida não é tão difícil assim, e uma pessoa razoavelmente em forma deve ser capaz de subir em cerca de 45 minutos. Há degraus de pedra ao longo da maior parte da trilha, e nas partes mais íngremes, cabos de aço são usados como corrimão. Dito isto, espere ficar um pouco sem ar, e tome muito cuidado nas partes mais íngremes, especialmente em dias úmidos. Há uma pequena caverna próxima ao topo, mas não tente entrar lá: ela fica muito baixa e a fenda de acesso é muito pequena. Uma vez lá em cima, tenha cuidado. Os que têm medo de altura talvez queiram ficar um pouco mais abaixo. A caminhada toda proporciona uma paisagem inacreditável, e a vista do topo é indescritível, abrangendo toda a região das ruínas. Também há algumas ruínas próximas ao topo. Ao visitá-las, você verá um segundo caminho que pode ser usado para descer da montanha, passando por uma pequena caverna que antes se acreditava ser o Templo da Lua. A escadaria é curta e íngreme, tenha cuidado. Os ingressos para o Huayna Picchu precisam ser reservados com antecedência, e são limitados a 400 pessoas por dia. Peça à agência de turismo com a qual você está viajando que os reserve para você (com pelo menos um mês de antecedência). Os ingressos são adquiridos para um de dois horários: 7 a 8 horas da manhã e 10 a 11 horas da manhã. Formam-se grupos de 200 pessoas em cada horário. A entrada para a trilha é controlada por uma segunda cabine de ingressos e os horários não são rigorosamente respeitados. Em outras palavras, se você tiver um ingresso para o grupo das 7 horas e houver gente na sua frente, mesmo que tenha chegado mais cedo, pode ter de aguardar até as 10 horas se a lotação máxima for atingida. Para encontrar este segundo portão, entre pelo portão regular e siga a sinalização.
- Se você tiver tempo livre ou estiver em busca de um pouco de sossego, do Huayna Picchu é possível chegar até o Templo da Lua (Templo de la Luna) e a Grande Caverna (Gran Caverna). É uma longa caminhada e uma trilha de aventura, envolvendo várias escadarias. Observe que, desde dezembro de 2014, o acesso a estes locais foi temporariamente bloqueados para visitantes. A trilha também é interessante porque, durante uma parte dela, você adentra a densa floresta e, às vezes, é possível avistar alguns dos exóticos animais andinos. Pode-se chegar até as cavernas descendo o caminho que sai do topo do Wayna Picchu ou pelo pequeno caminho que sai da rota principal rumo ao topo do Wayna Picchu (procure a placa que diz “Gran Caverna”). Lembre-se que é muito mais fácil descer do Wayna Picchu do que subir até os templos. Leve bastante água e se prepare para uma caminhada longa. A trilha de volta, desde o topo das cavernas até o posto de controle, leva mais ou menos duas horas mais. Para conseguir visitar o Huayna Picchu, o Templo da Lua e a Grande Caverna, você deve planejar um passeio de entre quatro e cinco horas.
- Montanha Machu Picchu – Esta é a montanha na qual as ruínas estão localizadas, e você pode visitar o seu topo. Assim como em Wayna Picchu, as vistas serão espetaculares, mas não há nenhuma taxa adicional para ter acesso às trilhas da Montanha Machu Picchu. O caminho até o topo da Montanha Machu Picchu é um détour do caminho que leva até o Portal do Sol. A Montanha Machu Picchu é um dos locais menos visitados em todo o complexo arqueológico, o que lhe dará a oportunidade de se afastar um pouco da multidão de turistas. Para a viagem de ida e volta, você deve reservar entre duas e três horas.
- Ponte Inca – Historicamente, eram dois os caminhos até o Machu Picchu. A Trilha Inca é um deles; o outro é a Ponte Inca. A ponte de corda atravessa um penhasco, controlando o acesso à cidade. A caminhada até a ponte é curta, basta seguir na direção sudoeste a partir do centro do Machu Picchu.
Comer
Oficialmente, não é permitido levar alimentos ou garrafas de água para o parque, sendo necessário deixar estes itens armazenados na entrada. Na prática, contudo, as bagagens são raramente revistadas e a maior parte das pessoas não enfrenta grandes problemas para passar com uma pequena garrafa de água ou alguns snacks, o que é muito bom para quem deseja se afastar um pouco das ruínas principais. Compre-os de antemão, já que são muito mais caros no próprio parque. Nem pense em deixar lixo para trás. Se você está pensando em um passeio com trilhas que vai das 6 horas da manhã às 5 horas da tarde, você precisará de pelo menos um litro e meio de água.
O restaurante próximo da entrada é excessivamente caro, já que o público não tem muitas opções, com uma refeição custando cerca de 40 dólares e uma garrafa de água pequena saindo a 8 soles (no supermercado, elas custam um sol). Uma vez dentro das ruínas, não há onde comprar alimentos ou bebidas, embora você possa sair e voltar.
- Buffet Tinkuy, ☎ +51 84 211038. Das 11 horas às 15:30h. Um buffet de almoço bastante casual. A comida é decente e o restaurante fica bastante movimentado no horário de pico. É possível adquirir uma passagem de trem que inclui almoço. Após o almoço, conheça a coleção de fotografias em tamanho pôster da expedição de Hiram Bingham, em 1911.
- Tampu Restaurant Bar. Das 5:30h às 9 horas, meio-dia às 15 horas, 18:30h às 21:30h. Aberto apenas aos hóspedes do hotel, os preços também são altos.
Hospedagem
Já que este é um parque protegido, a construção de novos edifícios na área é praticamente impossível. Por isso, existe apenas um único hotel no local, extremamente caro. Quase todos os que querem passar a noite na região do Machu Picchu reservam quartos nos hotéis de Aguas Calientes.
- Machu Picchu Sanctuary Lodge, KM 7.5, Carretera Hiram Bingham, ☎ +51 84 211038, e-mail: [email protected]. Este hotel inacreditavelmente caro é a única opção para quem quer pernoitar no parque. Ele conta com dois restaurantes igualmene caros e duas suítes com vistas parciais das ruínas. A menos que você tenha mais dinheiro do que bom-senso, provavelmente não vai querer ficar aqui. O hotel está localizado pouco antes do guichê de entrada e a diária custa mais de US$1.000.
Vá em seguida
Cidades próximas (em ordem de tamanho e distância):
- Aguas Calientes – Para passar a noite ou tomar um banho, já que não há muita coisa para fazer por ali.
- Ollantaytambo
- Cuzco
- Vale Sagrado
- Planaltos Incas
Lugares semelhantes:
- Kuelap, Amazonas, nordeste do Peru – onde estão as maiores ruínas pré-incas da América do Sul.
- Tiwanaku, Bolívia – ruínas de arquitetura semelhante, mas de outra civilização.
Créditos
- Texto: tradução do inglês ao português de “Machu Picchu”, em Wikivoyage.org; por Ibaman, Ypsilon, Turbo 800, Ikan Kekek, Nbarth, Andyrom75 et al.; CC BY 3.0
- “Vestiges du Temple de la Lune, sur le Wayna Picchu”, por Martin St.-Amant, CC BY 3.0
- “Domeček na Huayna Picchu”, por Pavel Špindler, CC BY 3.0
- “Peru – Day-hiking Ollantaytambo to Inti Punku, Sun Gate”, por McKay Savage, CC BY 2.0
- “A few ruined buildings and structural terraces remain on Wayna Picchu”, por Sascha Wenninger, CC BY 2.0
- “Stairs to Huayna Picchu”, por Valerie Hinojosa, CC BY 2.0
- “PeruRail locomotive in Aguas Calientes”, por Jorge Láscar, CC BY 2.0
- “Camino Inca de Cusco a Machu Picchu (Perú)”, por Colegota, CC BY 2.5
- “Le Pont de l’Inca, chemin d’accès facilement défendable pour le Machu Picchu”, por Martin St.-Amant, CC BY 3.0
- “Machu Picchu shortly after sunrise”, por Charlesjsharp, CC BY 3.0
- “Llamas, Machu Picchu”, por Eduardo Zárate, CC BY 2.0
- “Below the Dead Woman’s Pass on the Inca Trail”, por Steve Pastor, CC BY 3.0
- “Phuyupatamarka on the Inca Trail near Machu Picchu”, por Steve Pastor, CC BY 3.0
- “Inca Trail, Intipata”, por Steve Pastor, CC BY 3.0
- “Tremarctos Ornatus, Spectacled Bear”, por GFDL, CC BY 3.0
- “Aguas Calientes, Cuzco, Perú”, por Diego Delso, CC BY 3.0
- “Pachacutec, Aguas Calientes, Cuzco, Perú” , por Diego Delso, CC BY 3.0
- “Train Tracks and Landscape on Perurail Hiram Bingham”, por David Berkowitz, CC BY 2.0
- “Interior of the Hiram Bingham train to Machu Picchu”, por Simon Pielow, CC BY 2.0
- “Machu Picchu seen from the Huayna Picchu”, por Håkan Svensson, CC BY 3.0
- “Rupicola peruviana, Cock-of-the-Rock”, por Jerry Thompson, CC BY 2.0
- “Male Rupicola peruviana”, por Bill Bouton, CC BY 2.0
- “Picture of the pathway on Huayna Picchu, here in descending direction”, por Håkan Svensson, CC BY 3.0
- “Machu Picchu”, por Guillaume Audureau, CC BY 3.0
- “Machu Picchu, Pérou”, por Martin St.-Amant, CC BY 3.0
- “Le Machu Picchu à la tombé de la nuit”, por Martin St.-Amant, CC BY 3.0
- “Machu Picchu, Perú. Habitación de las Tres Ventanas”, por Colegota, CC BY 2.5
- “Machu Picchu, Perú. Casas en el sector urbano Oeste”, por Colegota, CC BY 2.5
- “Machu Picchu, Perú. Templo del Cóndor”, por Colegota, CC BY 2.5
- “Machu Picchu, Perú. Detalle de un muro y sus junturas”, por Colegota, CC BY 2.5
- “Inca wall at Machu Picchu”, por Rubyk, CC BY 2.5
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